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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Crise do Ter e do Ser

Mateus 23:27 JFA-RA

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia.”

Acordei nessa manhã com esse texto no coração e me veio a seguinte questão:

Jesus em seu ministério terreno veio nos ensinar a diferença do SER e do TER.

Sendo Ele o exemplo de tudo, se esvasiou (Fp 2:1-7) e se submeteu a Deus, mostrando que precisamos SER um ser humilde e submisso a Deus.
Em contraste com isso vemos os escribas e fariseus sendo repreendidos por Jesus porque eram injustos, não tinham misericórdia das pessoas. Eram doutores, conheciam a lei mas não a faziam cumprir de forma justa.

2Co 6b o apóstolo Paulo vai dizer:
porque a letra mata, mas o espírito vivifica.

O que adianta ser sabedor da palavra, se a omitimos do povo. O que adianta termos títulos se não agimos com misericórdia e de forma justa para com o povo. Os escribas e fariseus TINHAM o conhecimento mas não tinham a presença do Espírito Santo que nos dá a oportunidade de aplicarmos o nosso conhecimento em favor do Reino de Deus.

A minha oração nesta manhã é que Deus nos preserve na sua mão e que possamos seguir a risca os ensinamentos do Mestre da Galiléia que se esvasiou para cumprir a vontade do seu Pai.

A Ele seja a Glória.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Sola Fide


Sola Fide
por
Rev. Paul Settle



“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei” (Romanos 3:28)
Os Reformadores descobriram, à partir das Escrituras, que os pecadores são justificados pela fé somente. Eles descobriram que a fé é mais do que simplesmente andar de cabeça erguida, esperando que as coisas melhorem (confiança desconectada de um objeto de confiança), e que ela é mais do que meramente crer no que uma igreja ou uma autoridade eclesiástica ensina (confiar numa igreja e aceitar seus dogmas sem confiar em Cristo como Salvador).
Na Bíblia, a fé verdadeira e viva é crer na Palavra de Deus e se entregar a Ele em segura confiança. A fé é a apreensão inteligente da alma da verdade revelada, a aceitação da verdade como se aplicando a si mesmo e a resposta para as suas próprias necessidades, a apropriação da verdade como uma palavra e um convite pessoal de Deus, e uma confiança ativa em Deus e no Seu Filho. Os Reformadores enfatizaram que a fé não é apenas a aceitação intelectual de fatos, mas, antes, é a segura confiança no Cristo vivo. “Confiar em Cristo”, diz Sinclair Ferguson, “...é o cerne da fé. Fé significa habitar em Cristo (João 15:1-11); ela significa receber a Cristo (João 1:12) e, portanto, abraçá-Lo em total confiança”. A fé gira em torno de Cristo e está fundamentada nEle. J. I. Packer recordar o acróstico da escola dominical que a expressa perfeitamente: F-A-I-T-H [Fé] — “Forsaking All, I Take Him” [Abandonando tudo, eu O seguro].
A confiança ou certeza da fé brota da consciência de descansar sobre a Palavra de Deus que “não pode mentir” (Tito 1:2). Deus é digno de confiança; Ele fala a verdade; nós cremos nEle e confiamos seguramente nEle. “Agora, pois, Senhor JEOVÁ, tu és o mesmo Deus, e as tuas palavras são verdade, e tens falado a teu servo este bem” (2 Samuel 7:28). A fé começa com as Sagradas Escrituras que foram escritas por homens inspirados pelo Espírito Santo e cujas palavras, portanto, constituem a própria Palavra de Deus. “Pelo que também damos, sem cessar, graças a Deus, pois, havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que crestes” (1 Tessalonicenses 2:13).
Nossa experiência de fé começa com as Escrituras; mas, qual é a origem da fé, de onde ela vem? Fé é uma graça, um dom de Deus (Efésios 2:8; Filipenses 1:29). Ela começa (e continua!) como uma obra do Espírito de Deus. Homens caídos não podem ler e entender a Bíblia sem a Sua assistência miraculosa. Eles não podem apreender nem confiar na verdade, nem podem aceitá-la e aplicá-la a si mesmos, ou recebê-la no coração como um convite pessoal de Deus. Pecadores não podem se voltar para Cristo sem o auxílio soberano e poderoso de Deus. Somente quando, e não até que, o Espírito ilumina o coração, um incrédulo pode agarrar as realidades do evangelho, renunciar seus pecados e sua pecaminosidade e vir a Cristo. Em outras palavras, uma pessoa deve “nascer de novo” antes que ela possa crer. A fé, portanto, vem após a regeneração (João 3:3; 1 Coríntios 2:14; João 6:44, 65; 2 Coríntios 4:4-6; João 3:3-8). Nós estamos mortos; o Espírito imparte o sopro de vida; esta primeira respiração é a fé.
Os pecadores estão ligados ou unidos a Cristo pela fé somente. A fé, unindo-nos a Cristo, faz com que todas as bênçãos espirituais sejam nossas (Efésios 1:3). Assim, a fé é suficiente — nada mais é necessário ou requerido. A fé é perfeitamente adequada para salvar, pois ela liga pecadores com um Salvador perfeitamente adequado. Nós desfrutamos uma salvação perfeita porque, à vista de Deus, estamos unidos com um Salvador perfeito. Quando o carcereiro filipense perguntou, “O que devo fazer para ser salvo?”, a resposta de Paulo disse tudo, “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo”.
Sola Fide!

(Rev. Paul Settle, um dos fundadores originais da Presbyterian Church in America (PCA), serve como pastor assistente na Park Cities Presbyterian Church (PCA) em Dallas, Texas).





sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Os homens da Galileia

Homens da Galileia, por que vocês estão aí olhando para o céu? (1.11a)

De fato, todos os apóstolos, exceto Judas, o único que não deu certo, eram da Galileia. Embora morassem na província mais ao norte da Palestina e distante de Jerusalém, lá estavam eles ao lado de Jesus pela última vez. Não foram os judeus nem os samaritanos que tiveram o privilégio de assistir à ascensão do Senhor. Chamando-os de galileus, o anjo deve ter alegrado e valorizado aqueles homens.

Os galileus não gozavam de respeito entre os judeus, porque a população da Galileia era a tal ponto mista que seus habitantes falavam com um acentuado sotaque. Foi graças a esse modo diferente de falar que a empregada da casa do sumo sacerdote declarou que Pedro era galileu e seguidor de Jesus (Mc 14.70). Desde muito tempo antes, aquela província era chamada de a Galileia dos gentios (Is 9.1; Mt 4.15). O preconceito era muito forte. Os fariseus disseram a Nicodemos: “Estude as Escrituras e verá que da Galileia nunca surgiu nenhum profeta” (Jo 7.52). Natanael chegou a ser rude com Filipe: “Será que pode sair alguma coisa boa de Nazaré [da Galileia]?” (Jo 1.46).

Foram galileus os homens que Jesus arregimentou para serem suas testemunhas desde o dia de seu batismo até a sua ascensão (1.22). Pode ser que da Galileia não tenha saído nem um profeta sequer, mas dessa mesma Galileia dos gentios saíram os apóstolos que revolucionaram o mundo! Embora Jesus não tenha nascido na Galileia, foi ali que ele foi criado, iniciou o seu ministério, realizou a maior parte dos seus milagres e contou 19 de suas 32 parábolas!

Retirado de Refeições Diárias - No partir do pão e na oração (Editora Ultimato, 2011)